Efeitos do nível de oxigênio na ação de antibióticos

O efeito de vários antibióticos não é afetado pelo nível de oxigênio. Assim as Cefalosporinas, Cloranfenicol, Clindamicina, moxalactam e piperacilina, utilizadas contra várias espécies Gram+ e Gram-, não sofrem prejuízo de sua ação em baixos níveis de O2. O caso do metronidazol é peculiar contra anaeróbios e protozoários, age melhor na anaerobiose. No entanto, a atividade de diversos outros é sensivelmente diminuída em hipóxia. A anaerobiose aumenta a Concentração Inibitória Mínima (CIM) requerida para a ação de diversos aminoglicosídeos. Tais como a amicacina, gentamicina, canamicina, sisomicina e tobramicina, em relação a E.Coli, Klebisiella, Proteus, Salmonella, Serratia, Staphylococcus e Streptococcus. As atividades bacteriostáticas e bactericidas de outros antibióticos, também são afetadas de forma considerável em anaerobiose, são: sulfametoxasol e o trimetropim, em relação a E.Coli, Klebisiella, Proteus e Staphylococcus. A CIM da Vancomicina para o Staphylococcus aureus é quatro vezes maior em anaerobiose do que em normóxia. As quinolonas, ciprofloxacina, ofloxacina e norfloxacina contra E.Coli, tem também sua atividade comprometida na ausência de O2. Há ainda casos nos quais a hiperóxia hiperbárica exerce um efeito potencializador na ação da droga. São os casos do sulfisoxasol, manfenide, trimetropin e nitrofurantoína, para várias espécies bacterianas. Portanto, seja compensação da hipóxia ou pelo efeito sinérgico, a OHB potencializa a ação de vários antibióticos.