Equipamentos Médicos

A oxigenoterapia hiperbárica consiste, resumidamente, em submeter um paciente a uma pressão ambiental superior à atmosférica, dentro de uma câmara fechada, respirando oxigênio puro. Estas câmaras são, em essência, cilindros metálicos resistentes à pressão, dotados de vigias ou janelas. Algumas câmaras projetadas para tratamento individual são construídas com acrílico transparente resistente à pressão, o que permite o contato visual com o paciente, e minimiza a incidência de sintomas de claustrofobia, bastante elevada neste tipo de equipamento (10% dos pacientes tratados).

Basicamente, existem 2 tipos de câmaras: as multiplace ou multipacientes, que permitem o tratamento simultâneo de 2 a 20 pacientes e as monoplace ou monopacientes, que comportam somente um paciente.

As câmaras multiplace são pressurizadas com ar comprimido, enquanto que o oxigênio é fornecido aos pacientes através de máscaras ou capuzes desenhados especificamente para este fim, enquanto as câmaras monoplace são comprimidas com oxigênio puro, o que permite a administração deste gás ao paciente através da inalação da atmosfera que o circunda, sem necessidade do emprego de máscaras e capuzes.

Durante a realização do tratamento hiperbárico conduzido em câmaras multiplace , um técnico de enfermagem especialmente treinado ou mesmo o médico hiperbárico acompanha, no interior do equipamento, os pacientes durante toda a sessão, assistindo-os durante os procedimentos de rotina ou de emergência, o que é uma grande vantagem operacional deste tipo de câmara, quando se compara com o atendimento prestado ao paciente tratado em câmaras monoplace , que é obrigado, em algumas situações de emergência não observadas em tratamentos efetuados em câmaras multiplace, a ter seu tratamento interrompido para ser socorrido.

Para segurança e conforto do paciente, as câmaras hiperbáricas são dotadas de um sistema de rádio que mantém constante a comunicação entre o doente e o “staff” do serviço de oxigenoterapia.

Dentro da câmara, o mesmo pode ouvir música, através de autofalantes especialmente construídos para funcionarem sob pressão.

Durante todo o tratamento o paciente é, se necessário, monitorado através de medições de PA, FC, FR, ECG, EEG, temperatura corporal e oximetria cutânea, podendo ainda ser assistido por meio de respiradores, submeter-se a infusões venosas, transfusões, drenagens de feridas ou cavidades.